quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012




Ao filho que morreu ...
Ó, filho querido,
Descansa em paz e não tenhas medo
Pois, a partir de agora
Estarás imune ao sofrimento

Quanto a mim,
Saibas que vou amá-lo para sempre
O mesmo amor que eu já lhe tinha
Desde que vivias em meu ventre.

Jamais vou te esquecer
E a tua lembrança será para mim
Como se ainda continuasses a viver

Todos os dias, meu filho,
Vou arrumar o teu quarto
Vou dobrar o teu pijama
E, de vez em quando,
Só para fingir que ainda estás dormindo
Vou levar o café em tua cama

Todos os dias, meu filho,
Vou ler os teus livros
Vou ouvir os teus discos
E, de vez em quando,
Só para fingir que estás apenas demorando
Vou ligar para os teus amigos

E sobretudo, meu filho,
Todos os dias vou dizer-lhe bom dia
Vou beijá-lo no rosto
Vou abraçá-lo bem apertado
E vou rezar, e chorar feito louca
Diante do teu retrato

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